Paisagens da minha vida I
Arrábida.
Aqui fica a imagem, a evocar um tempo que não voltarei a viver. Um tempo Uno... Sobretudo de felicidade e de união. A família junta e unida para o que desse e viesse. A partilha do pão. A experiência de entrar no mar pela primeira vez. O cheiro bravio da Serra, a vertigem das alturas, a maravilhosa cor das águas. E voltar, em silêncio, estrada fora, meditando no pequeno milagre de haver tardes de Verão, assim. Seria portanto a partir daqui que percorreria de novo todo o caminho, descalça na areia, calçando-me depois para uma subida mais íngreme, gozando a meio caminho a vitória sobre o já conquistado, e querendo um horizonte sempre mais vasto.
Se eu pudesse recomeçar a partir de um momento, de uma imagem, seria a partir daqui que viveria de novo tudo o que não cheguei a viver.
1 comentário:
O que é que não chegaste a viver?
Que é que te ficou por fazer?
A Arrábida é única e magnífica, o Sado o espelho das suas cores.
Já lá ri e chorei.
Tenho por ambos uma paixão imensa.
sandro
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